A ESTRANHA TRANSAÇÃO DE DAVID LUIZ: UM DRIBLE NAS SANÇÕES ?

Luã Reis – O zagueiro David Luiz é o rosto do 7×1, a atuação desastrada na semifinal da Copa de 2014 marcou o futebol. Na semana que passou, o mundo do futebol foi surpreendido pelo retorno ao Chelsea do defensor brasileiro pela bagatela de R$ 147 milhões. O clube britânico realmente precisava de um zagueiro, mas David estava em baixa, como definiuGary Neville “é um jogador de Playstation controlado por uma criança de 3 anos”. 

Mas por que falar aqui dessa negociação no futebol, ainda que estranha? 

O Chelsea pertence ao bilionário russo Roman Abramovich, um dos cinquenta homens mais ricos do mundo. Apesar de ser desafeto de Putin, Abramovich sofre com as sanções que a UE e EUA aplicam a Rússia, depois da ainda inexplicável queda do avião na Ucrânia em 2014. No início de agosto, os EUA estenderam as medidas restritivas a diversos ativos da Gazprom, empresa energética russa, cujo Abramovich é sócio majoritário. 

Se os investimentos russos são vigiados em razão da guerra econômica americana-européia transações esportivas podem ser um ótimo jeito de driblas-las. David Luiz pertencia ao Paris Saint German, que o comprou, anteriormente, do próprio Chelsea por módicos R$ 216,3 milhões, ou seja o time francês perdeu 100 milhões de reais em apenas dois anos com o jogador. Nesse momento, é oportuno lembrar que os times são das capitais inglesa e francesa, no entanto o capital que os comanda é russo e qatari. O PSG pertence ao Grupo de Investimentos da Autoridade do Qatar (QIA), tendo Nasser Al-Khelaifi como presidente. 

Em outras palavras, aproximadamente R$ 350 milhões foi movimentado entre a Gazprom e o QIA, nos últimos dois anos, só através do confuso jogador brasileiro. 

Essas especulações sobre o motivo das tranferências pode parecer absurda, mas não é tão estranha quanto a escolha e os valores pagos por David. Talvez o bilionário russo, utilize de métodos mais discretos. Ou talvez o mais discreto, seja justamente fazer tão explanado que parece inacreditável, tão absurdo como sete gols em um jogo de um zagueiro chorão.

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