A CORRUPÇÃO PADRÃO FIFA DA GLOBO E A HUMILHAÇÃO DA JUSTIÇA BRASILEIRA

Luã Reis – “O PT investigou o PT concluindo que o PT é inocente” fosse essa nota emitida pelo Partido dos Trabalhadores diante da perseguição judicial a que é submetido, seria alvo de chacota. Talvez um juiz em Curitiba anexasse ao processo como prova, quase uma confissão de culpa. Nenhuma entidade séria se submeteria a tal auto-indulgência, sob pena do escárnio público. Logo surpreendente a nota improvisada, amadora e francamente ridícula produzida pelas Organizações Globo, maior grupo jornalístico da América Latina e maior partido político do Brasil, diante do escandaloso envolvimento no pagamento de propinas para a compra dos direitos de transmissão em competições internacionais de futebol.

“Em suas amplas investigações internas, [o Grupo Globo] apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos.” É possível que seja verdade, posto que o pagamento do suborno eram embutido em parte dos obscuros contratos da compra de direitos, sempre envolvendo laranjas e paraísos fiscais. Isso não é apontado pela justiça brasileira, posto que ela se recusa a investigar o mais poderoso grupo político-midiático do país. Mas já foi mais que provado pelo Departamento de Justiça Americano e pelos Ministérios Públicos da Espanha e da Suíça.

Os crimes da gangue Globo-CBF-FIFA, dos Marinho, Ricardo Texeira, Jose Maria Marin e Marco Polo Del Nero foram cometidos no Brasil, por Brasileiros, contra o Estado brasileiro e contra o povo brasileiro. Envergonha que, apesar do amplo conhecimento pelos torcedores, esses malfeitos tenham que vir à tona em investigações estrangeiras. O sentimento do judiciário brasileiro, pelo menos de uma parte que se presta a decência, deve ser de humilhação total.

Nos anos de governo do PT, especialmente nos últimos, incontáveis investigações ocorreram contra o partido, com a Globo noticiando a cruzada contra a corrupção, mostrando juízes espetaculosos e procuradores midiáticos. A ideia apresentada era de uma luta implacável “contra os poderosos”. E agora, diante de um escândalo internacional, recheado de provas, incluindo a famigerada delação premiada, qual será o papel da justiça brasileira? Afrontará “os chefes” como nos tempos de PT ou acobertará para tentar uns minutos no Jornal Nacional, quiçá uma vaga na próxima novela das oito? Talvez solte uma nota “a Justiça Brasileira investigou a Justiça Brasileira e concluiu que a Justiça Brasileira não é submissa a Globo

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