25 DE JANEIRO, A LIBERTAÇÃO DOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
Luã Reis – Em 25 de janeiro de 1945, há 73 anos, o exército vermelho libertou os prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. No campo eram escravizados, torturados e assassinados aos milhares judeus, comunistas, homossexuais, testemunhas de jeová e qualquer opositor ao regime de Hitler. Os alemães resistiram ao avanço soviético contra o maior dos centros de extermínio nazista. 231 soldados do exército vermelho foram mortos na ação de libertação.
Em função da data, a ONU, institui 27 de janeiro como o Dia da Memória do Holocausto. Iniciativa de chefes de Estado progressistas, a assinatura de Lula encabeçou a petição. Hoje, mais do que nunca, essa memória é disputada.
Após a passeata supremacista, intitulada “Unir a Direita”, em Charlotteville, nos EUA, em agosto de 2017, repleta de suásticas e símbolos nazistas, setores da direita se apresaram em se desvincular do evento, falsificando a história: “nazismo é de esquerda” ou ainda “comunismo e nazismo são a mesma coisa”. Tal negacionismo cínico é um crime contra a lembrança daqueles que padeceram no horror nazista.
As bases do pensamento nazista – o nacionalismo, a criminalização das classes populares, o militarismo, o ódio religioso, a xenofobia, o discurso anticomunista, o moralismo, os ataques a arte, a censura, o machismo, o conspiracionismo – estão presentes nas ações e palavras da dita direita brasileira.
Na Polônia, onde ficava o campo Auschwitz, o governo de extrema direita proibiu a menção aos crimes cometidos pelos colaboracionistas poloneses: proibiu o uso do termo “campo de concentração polonês” e qualquer menção aos poloneses fascistas que participaram do extermínio. Outros países do leste europeu, com governos de extrema-direita, adotam medidas semelhantes, proibindo menções a participações nacionais no Holocausto.
Por isso mesmo, cabe a lembrança da libertação de Auschwitz e a memória das vítimas do Holocausto.
