DE PORTO ALEGRE A DAVOS: AO VENCEDOR ÁS BANANAS

Luã Reis – A consolidação do Brasil como República das Bananas. Na mesma semana em que Temer se empenhava em oferecer o país ao capital estrangeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Lula era condenado pelo tribunal de Porto Alegre. O encontro dos eventos é uma feliz coincidência na agenda do imperialismo.

O termo “República das Bananas” foi cunhado pelo escritor americano O. Henry, para definir as nações cuja a produção de frutas era a grande riqueza do país das nações da América Central. Essas produções se encontravam na mão de poucas companhias dos Estados Unidos que tratavam os povos desses países como servos. Frequentemente, o exército americano intervinha para garantir os lucros dessa companhias sobre, quando não mercenários cuidavam do assunto, sempre contra a indócil vontade popular.

Juízes e políticos que frequentam órgãos do governo americano disputam quem vai oferecer mais ao Tio Sam. Rodrigo Maia promete para investidores acabar com o Bolsa-Família, Sérgio Moro oferece a cabeça de políticos nacionalistas no Wilson Center, na CIA.

Se, como alega a mídia subserviente aos interesses externos, o “PT quebrou o país”, como se durante o período do partido o Brasil acumulou a sexta maior reserva internacional de dólares? Como se tornou o terceiro maior credor individual dos EUA? Como a dívida externa foi paga? Como a dívida pública, em 60% do PIB nos tempos de FHC, caiu para menos de 34%? Como resolver os problemas sociais do país cortando justamente as políticas públicas?

Evidente, que o projeto de Temers, Maias e Moros, juntamente com seus promotores midiáticos, é a destruição de qualquer forma de soberania. Apressam em entregar o mais rápido possível qualquer coisa que remeta ao povo: estatais lucrativas, programas sociais bem sucedidos ou lideranças populares. 
Sem precisar disparar tiros agem conforme exército de mercenários a serviço do imperialismo, para entregar o Brasil como mais uma República das Bananas. Mas para cada ação dos capangas dos EUA encontrou reposta do povos da América Central. Chega um momento que até as bananas se enfurecem.

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