A GUERRA HÍBRIDA NA AMÉRICA LATINA E A OPERAÇÃO LAVA-JATO

Após 5 anos da operação, o Brasil despencou no ranking mundial de corrupção divulgado pela Transparência Internacional. O país atingiu a sua pior colocação no índice de Percepção da Corrupção (IPC), ao lado de países como El Salvador, Timor Leste e Zâmbia.

A operação Lava-Jato causou o impeachment da presidenta Dilma, colocou a Petrobrás à disposição dos acionistas internacionais, ocasionou a entrega da Embraer para a Boeing e foi fundamental para a eleição de um governo fantoche do imperialismo, por meio de um misterioso plano de ação, desenvolvido por Steven Banon (uma pessoa processada em vários países do mundo e proibida de entrar no Reino Unido), que criou e difundiu uma gigantesca rede de fake news.

O caso da Petrobrás é um bom exemplo de como é importante pensar sobre como os brasileiros não pensam. Mesmo a associação de engenheiros da Petrobrás denunciando diariamente o desmonte da empresa e a entrega ao capital internacional, pessoas insistem em afirmar que a Petrobrás está melhor (preferem pagar 5 reais no litro da gasolina).

Sérgio Moro, xerife da operação, cumpriu seu objetivo ao prender Lula e eleger Bolsonaro, dando continuidade assim, agora sob o cariz de uma suposta legalidade, à agenda imperialista. Como prêmio por essa atuação quase impecável – um juiz de primeira instância, já investigado pela interpol, orquestra a maior operação de investigação jurídica do país, cujo objetivo é simplesmente entregar o governo a esquizofrênicos liderados por agentes internacionais -, recebe o cargo de “super ministro da justiça”.

Iniciado o “novo” governo, Jair Bolsonaro, que foi eleito sob o discurso de alguém que iria acabar com a corrupção, encontra-se no meio de um escândalo familiar envolvendo uma fantasmagórica rede de corrupção, crimes, conluio com milicianos e vai saber o que mais.

DEM, o partido que tem mais cassados por corrupção no Brasil, assume as duas casas do Congresso e o maior número de ministros do governo Bolsonaro. O novo presidente do Senado é investigado em dois inquéritos no STF. Em julho de 2017 votou contra a cassação de Aécio Neves no conselho de ética do Senado. E o presidente da câmara é o Maia. Solto depois de delatar para Moro, Youssef, símbolo da Lava-Jato, volta operar com dólar. Paulo Roberto Costa segue solto. Irmãos Batista, família Odebrecht e Cerveró em regime domiciliar. Temer (MDB) solto, Aécio (PSDB) solto, Jucá (MDB) solto, Serra (PSDB) solto, Rocha Loures (MDB), Henrique Eduardo Alves (MDB). Vale lembrar, quando em 2017, um pedido de investigação contra Aécio prescreveu e foi arquivado no STF (ele teria recebido R$ 1 milhão em 1998, quando era deputado federal). Ainda na conta do golpe de 2016, logo também na da Operação Lava-Jato: Adail Pinheiro, ex-prefeito acusado de pedofilia teve a pena de 11 anos de prisão extinta após indulto de Michel Temer. Adail Pinheiro foi acusado de chefiar uma rede que explorava sexualmente meninas de 9 a 15 anos. Enquanto isso, Lula, o maior líder popular do Brasil, que tinha 70% das intenções dos votos, preso “por atos de ofício indeterminados”.

Alguém ainda acredita que o objetivo da Operação Lava-Jato era acabar com a corrupção?

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