CRISE NA ECONOMIA BRASILEIRA?

Por Kissel Goldblum

Se o lucro dos quatro maiores bancos cresceu 22% e chegou a R$ 20 BILHÕES apenas no primeiro trimestre deste ano e se o Brasil ganhou 14 mil novos milionários em 2018, o que estamos vendo não é, obviamente, uma crise na economia, mas um projeto de governo para transferir a renda da classe trabalhadora e concentrá-la nas mãos de uma elite entreguista. Como o filósofo Vladimir Safatle afirmou: “Essa crise não foi feita para ser superada, essa crise é um modo de governar”. A estratégia do governo é gerenciar a crise, ocupando o tempo da população com frivolidades, enquanto orquestra por trás das câmeras leis que pretendem obrigar os trabalhadores a trabalharem sete semanas seguidas sem descanso, acabar com o INPE, com as universidades públicas etc etc etc.

Para amenizar os sintomas de uma crise fiscal o governo Bolsonaro pretende desviar R$ 1 trilhão da previdência do trabalhador, enquanto “28 mil grandes devedores são responsáveis por R$ 1,37 trilhão do que foi sonegado aos cofres públicos” como denunciou Paulo Rocha (PT-PA). Somos governados por um governo que não tem nenhum projeto de desenvolvimento para a educação, para a saúde ou para tecnologia do país. O “célebre” ministro da economia  Paulo Guedes não tem UM projeto para desenvolver a economia além de se apropriar da aposentadoria do trabalhador, acabar com os seus direitos e forçá-los a trabalharem até o seu limite. Como o, verdadeiramente, célebre filósofo Noam Chomky afirmou: “As grandes corporações empreendem a luta de classes, são autênticos marxistas, mas com os valores invertidos”. 

O tempo da reconciliação acabou. O povo que não julga seus opressores sofre duas vezes: sofre pelas torturas sofridas e sofre por carregar a culpa de ter sido torturado. Não existe nenhuma crise na economia brasileira, existe uma luta de classe sendo levada às últimas consequências.

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