CORONAVÍRUS E A GUERRA HÍBRIDA

Karl Grizman

Pepe Escobar lembrou que desde as reformas de Deng Xiaoping, de 1978, a China não havia tratado, publicamente, os EUA como uma ameaça. Mês passado, o ministro das Relações Exteriores Wang Yi declarou que Pequim considera abertamente os EUA  uma ameaça, na Conferência de Segurança de Munique durante o auge da luta contra o coronavírus*. Semana passada, numa coletiva de imprensa realizada em Guangzhou, sul da China, Zhong Nanshan, o epidemiologista responsável pelos trabalhos de controle e prevenção do novo coronavírus afirmou que não há nenhuma evidência que o vírus tenha se originado na China: “A origem do vírus e o lugar do surto da epidemia são coisas diferentes”*.

Pequim segue desenvolvendo, cuidadosamente, sua narrativa para o mundo, posto que desde o início, as lideranças do Partido Chinês sabiam que estavam sob um ataque biológico. Quando o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, tweetou sobre a possibilidade de que “poderia ser o Exército dos EUA que levou a epidemia a Wuhan”, o mundo despertou para uma realidade até então vista apenas em filmes e teorias da conspiração.

No mesmo sentido, o chefe da Guarda Revolucionária do Irã afirmou que os EUA podem ser o principal culpado pelo surto de covid-2019 que atingiu a China. “É possível que esse vírus seja o produto de um ataque biológico da América que se espalhou inicialmente para a China e depois para o Irã e o resto do mundo”, disse Hossein Salami.*

No início da pandemia, mesmo as mídias tradicionais alertaram para as diferenças nos genomas do novo vírus*, o que foi rapidamente abafado. As variações do genoma do coronavírus no Irã e na Itália foram seqüenciadas, assim revelado que elas não pertencem à variedade que infectou Wuhan. A mídia chinesa tem feito perguntas abertamente e estabelecendo uma conexão entre o vírus e o misterioso desligamento, em setembro do ano passado, do laboratório militar, considerado “inseguro”, de armas biológicas em Fort Detrick*.

Exercícios militares de Wuhan 

De 18 à 27 de outubro, aconteceram os jogos militares na cidade chinesa de Wuhan. Curiosamente, antes de ir para a China, a delegação americana treinou, literalmente, ao lado do laboratório em Fort Detrick e, pasmem, na China ficou hospedada no Hotel chamado Wuhan Oriental Hotel, localizado à 300 metros do mercado de frutos do mar, de onde, supostamente, o vírus se originou. Dos 300 soldados americanos, 5 desenvolveram uma febre abrupta e foram levados para hospitais locais. Vejam só: 42 funcionários do hotel foram diagnosticados com coronavírus.

Cepas diferentes do vírus

Depois de coletar amostras do genoma na China, pesquisadores chineses revelaram que o vírus não se originou no mercado de frutos do mar. Há pelo menos 5 cepas do covid-19, e obviamente a localização geográfica com a maior diversidade de cepas de vírus deve ser a fonte original, porque uma única cepa não pode surgir do nada. Eles demonstraram que apenas os EUA têm todas as cinco cepas conhecidas do vírus (enquanto Wuhan e a maior parte da China têm apenas uma, assim como Taiwan e Coréia do Sul, Tailândia e Vietnã, Cingapura e Inglaterra, Bélgica e Alemanha), constituindo uma tese de que os haplótipos em outras nações podem ter se originado nos EUA.* 

“A Coréia e Taiwan têm um haplótipo diferente do vírus que a China, talvez mais infeccioso, mas muito menos mortal, o que representaria uma taxa de mortalidade de apenas 1/3 da da China. Nem o Irã nem a Itália foram incluídos nos testes acima, mas agora os dois países decifraram o genoma prevalente localmente e os declararam de variedades diferentes das da China, o que significa que não se originaram na China, mas foram necessariamente introduzidas por outra fonte. Vale ressaltar que a variedade na Itália tem aproximadamente a mesma taxa de mortalidade que a da China, três vezes maior que em outras nações, enquanto o haplótipo no Irã parece ser o mais mortífero, com uma taxa de mortalidade entre 10% e 25%. Ou seja, existem CINCO variantes de coronavírus. Apenas UMA apareceu na China -assim como na Coréia do Sul e Taiwan. Variante menos mortal na Coréia do Sul do que na China. As variantes na Itália e no Irã NÃO são originárias da China. A variante mais mortal está no Irã”, concluiu Escobar.

A Fundação Gates e o Evento 201

O evento 201, que aconteceu em Nova York em 18 de outubro de 2019 foi simplesmente um ensaio para uma suposta pandemia mundial causada por um vírus mortal – que passou a ser o coronavírus. Essa “coincidência” aconteceu um mês antes do surto em Wuha. O evento foi patrocinado pela Fundação Bill & Melinda Gates, o Fórum Econômico Mundial (WEF), a CIA, a Bloomberg, a Fundação John Hopkins e a ONU. O renomado pesquisador William Engdahl mostrou a curiosa relação entre o coronavírus e a Fundação Gates³. Em 2019, Bill Gates e a fundação começaram a estudar cenários de pandemia. Ele fez um vídeo do Netflix que criou um cenário imaginário sinistro. O vídeo, parte da série “Explained”, imaginava um mercado na China, onde animais vivos e mortos são empilhados e um vírus altamente mortal irrompe que se espalha por todo o mundo. Gates aparece como um especialista no vídeo para alertar: “Se você pensar em algo que possa matar milhões de pessoas, uma pandemia é o nosso maior risco”. Ele disse que se nada fosse feito para se preparar melhor para as pandemias, chegaria o momento em que o mundo olharia para trás e desejaria ter investido mais em possíveis vacinas. Isso foi semanas antes que o mundo soubesse sobre morcegos e um mercado em Wuhan, China.

https://www.chinadaily.com.cn/a/202002/17/WS5e478f00a310128217277c5b.html

http://portuguese.people.com.cn/n3/2020/0319/c309806-9670008.html

https://www.globaltimes.cn/content/1182511.shtml

ps://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2020030515296798-ataque-biologico-eua-teriam-atacado-ira-e-china-com-coronavirus-militar-iraniano/

https://nypost.com/2019/08/07/military-lab-that-handles-ebola-other-dangerous-pathogens-fails-cdc-inspection/

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/02/hospital-diz-que-isolou-virus-que-circula-na-italia-e-que-ele-e-diferente-do-da-china.shtml

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