Hoje na história: a Revolução de Granada
Via Redfish
“Quando o imperialismo vai aprender? Sim, eles podem matar nossos corpos, mas nunca podem matar o espírito de um povo que luta por sua libertação”.
Hoje é o aniversário da Revolução de Granada, quando o Movimento Marxista-Leninista Nova Jóia, liderado por Maurice Bishop, derrubou o governo e transformou Granada no único estado comunista dentro da Commonwealth.
Bishop foi visto por Ronald Reagan como uma ameaça porque ele não era apenas um socialista, mas era negro, falava inglês e podia possivelmente inspirar trinta milhões de negros americanos.
Devido aos programas sociais do governo de Granada e à proximidade com Cuba e os movimentos de libertação da Nicarágua, o governo dos Estados Unidos reconheceu o potencial de uma revolução negra de língua inglesa nas Américas. O golpe contra Bishop e sua posterior execução serviram de desculpa para os EUA invadirem o país em 25 de outubro de 1983, pondo fim à experiência socialista de quatro anos na pequena ilha caribenha.
Maurice Bishop organizou um golpe sem derramamento de sangue contra o regime apoiado pelos EUA de Eric Gairy em março de 1979. Conhecido por seu carisma, sua brilhante habilidade de comunicação e sua habilidade de se conectar com o povo, Bishop liderou o Governo Revolucionário Popular de Granada em uma série de políticas para favorecer as massas pobres.
Seu governo introduziu a saúde pública gratuita, proporcionou às pessoas programas escolares que reduziram o analfabetismo de 35% para 5%, e reduziu o desemprego de 50% para 14%. Os direitos dos trabalhadores e das mulheres estavam no centro das políticas, juntamente com a luta contra o racismo, o apartheid e o imperialismo.
Em 14 de outubro de 1983, Bispo foi derrubado por Bernard Coard, alegadamente provocado por protestos que levaram à rua 1/3 da população de Granada. No dia 19, Bispo, membros de seu gabinete e alguns apoiadores foram torturados e executados por um pelotão de fuzilamento.
