Civis libertados da usina de Azovstal relatam que eram reféns dos nazis do Batalhão Azov

Via Hora do Povo

Mais de 100 civis conseguiram sair da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, e os relatos mostram que eram mantidos como reféns e usados como “escudo humano” pelos nazistas do Batalhão Azov.

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que, durante o final de semana, 25 pessoas foram evacuadas das áreas próximas à fábrica e 101 conseguiram sair de dentro da Azovstal através dos corredores humanitários que foram abertos.

Os civis que optaram ir para as regiões controladas pelo governo da Ucrânia foram direcionados para representantes da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Pelo menos 57 civis quiseram permanecer na região de Donetsk.

Uma mulher que conseguiu deixar a fábrica contou que os nazistas do Batalhão Azov mantêm os civis como reféns e tentam os impedir de deixar os túneis da fábrica.

“Vocês não imaginam o que nós passamos e o pavor que tínhamos. Era medo e desespero. Nos meteram em uma cela sem dar chance de nos salvarmos. Eles próprios nos assustavam dizendo que iam nos enterrar lá”, contou a mulher, uma funcionária da siderúrgica que buscara abrigo nas instalações da empresa.

Segundo ela, os civis ficaram sabendo pelo rádio que a Rússia estava abrindo corredores humanitários para que eles pudessem sair, mas os nazistas “controlavam para que ninguém saísse”.

Os milicianos passavam o dia no local fingindo estar brincando com as crianças para “controlar e ver se todos ficaram em seus lugares”.

Uma outra senhora que também foi resgatada pelos russos, junto com pessoal da ONU e da Cruz Vermelha, contou que os nazistas ucranianos estavam tentando impedir que Mariupol fosse evacuada.

“Tentamos sair duas ou três vezes, até de ônibus, quando não havia fortes bombardeios, mas eles mandavam de volta. Estávamos indignados: ‘Como vocês podem nos manter assim, se viemos por vontade própria?’”, questionou.

A cidade de Mariupol já foi totalmente controlada pelas tropas da Rússia e da República Popular de Donetsk. O último refúgio dos nazistas do Batalhão Azov, que coordenaram a “defesa” da cidade, está sendo os túneis e abrigos antibombas da metalúrgica Azovstal.

Por ordem direta de Vladimir Putin, os bombardeios e avanços sobre a fábrica foram temporariamente interrompidos para que os civis pudessem deixar o local.

Os vídeos são da agência internacional de notícias Sputnik e contêm relatos de civis que estavam na Azovstal, com legendas em português.

“Eles nos impediram de sair várias vezes. Ficávamos muito indignadas”, diz a senhora ao reconquistar a liberdade. (Vídeo Sputnik)

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