Petro sobre Peru: extrema-direita latino-americana está muito ocupada com golpes

Via HispanTV

O presidente da Colômbia adverte que na região latino-americana uma ansiedade de golpes está “desencadeada” e a “vontade popular” não importa mais.

Gustavo Petro falou nesta quinta-feira sobre a situação no Peru, onde o presidente Pedro Castillo foi afastado do cargo na véspera, horas depois de ter ordenado a dissolução do Congresso.

“A ansiedade dos golpes é desencadeada em nossa extrema direita latino-americana. Eles não dão a mínima para a vontade popular”, escreveu o presidente colombiano em sua conta no Twitter.

Na realidade, o Petro respondeu à senadora colombiana María Fernanda Cabal, que na mesma rede social sublinhou que “exércitos com vocação são anticomunistas” e que esta é uma realidade que os comunistas não têm.

O dignitário colombiano explicou que as forças armadas de um país “não precisam ser fascistas ou comunistas, os exércitos pertencem à Nação”, observou.

Pedro Castillo foi afastado da presidência do Peru na quarta-feira pelo Congresso da República e chegou a ser detido pela Polícia, após sua decisão de dissolver o Parlamento. O Parlamento peruano ignorou a decisão de Castillo de dissolver o Congresso e votou pela vaga presidencial, destituindo o presidente, enquanto Dina Boluarte, sua vice-presidente, foi empossada como a primeira mulher a assumir o cargo de chefe de Estado no país sul-americano.

Além disso, Petro pediu à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que aplique a Convenção Americana sobre Direitos Humanos e emita “medidas cautelares a favor do presidente Pedro Castillo”.

Da mesma forma, enfatizou que o direito de “eleger e ser eleito e ter um tribunal independente” foi violado no caso Castillo.

Ao final de suas palavras, confirmou que houve um golpe parlamentar contra Castillo e lamentou que o então chefe de Estado peruano não tenha conseguido “a mobilização do povo que o elegeu”.

Castillo enfrentava no dia 7 de dezembro uma moção de vacância (pedido de afastamento) promovida por deputados da oposição, a terceira desde que assumiu o poder em julho de 2021.

O pedido de moção de censura apelou para a causa constitucional de incapacidade moral permanente para o exercício da presidência, uma vez que o presidente tem seis inquéritos fiscais em aberto, a maioria com base em depoimentos de ex-funcionários ou de empresários próximos.

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