Relatório vê irregularidades no empréstimo do FMI ao governo Macri

Via HispanTV

A Auditoria Geral da Nação (AGN) da Argentina revela em relatório as irregularidades no empréstimo do Fundo Monetário Internacional ao governo Macri.

A AGN da Argentina publicou esta quinta-feira um relatório aprovado pela maioria dos votos a favor dos auditores governistas, no qual denuncia as irregularidades na gestão do empréstimo obtido em 2018 junto do Fundo Monetário Internacional (FMI), durante o Governo de Mauricio Macri (2015-2019).

“Foi um empréstimo extraordinário e excepcionalmente alto. Na verdade, este foi o maior empréstimo da história da Argentina e do FMI, representando 127 vezes a capacidade de endividamento da Argentina com o Fundo”, diz o texto.

O relatório oficial indica que o pacto, que envolveu um empréstimo de 56 bilhões de dólares, dos quais a Argentina recebeu US$ 44 bilhões, aumentou a “vulnerabilidade e os riscos” derivados da estrutura da carteira de dívida do país.

A eficiência e eficácia na gestão da dívida não foi assegurada pelos respectivos processos e procedimentos, o que afetou a prudência na gestão da dívida e violou a devida fiscalização do financiamento, denuncia o estudo.

Além disso, acrescenta que as decisões adotadas não continham informações adequadas em relação aos gastos e riscos assumidos, impactando na solvência e sustentabilidade da dívida pública.

“Durante o período do acordo, foi observada uma saída de capital considerável e contínua, a implementação das medidas para evitá-la foi tardia, as condições relacionadas à moeda, valor e prazo do acordo com o FMI aumentaram o risco de insustentabilidade do dívida”, destaca.

Depois de conhecer o conteúdo do relatório, o presidente argentino, Alberto Fernández, escreveu em sua conta no Twitter que o empréstimo do FMI contraído por Macri “mais que uma dívida, é um crime”.

Nesse sentido, denunciou o processo de contração de dívidas, sem passar pelo Congresso, violando assim a lei do país, pelo que, afirmou, “deve ser investigado com todo o peso da Justiça”.

A AGN, composta por sete membros, incluindo três da oposição, também liderada por um opositor, é responsável pelo controle da legalidade, gestão e fiscalização de todos os atos da administração pública.

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