O futuro que a esquerda pequena burguesa queria para a Síria

Negligenciar a conjuntura mundial e as verdadeiras forças políticas por detrás dos governos é o que a esquerda pequena burguesa faz de melhor. No entanto, a história materialista é implacável e ninguém pode fugir da responsabilidade moral de ter apoiado a classe burguesa, financiada pelo imperialismo, ao longo da história. Assim, sabemos muito bem os nomes daqueles que apoiaram o golpe de estado politico parlamentar militar misógeno de 2016, quem apoiou, de alguma maneira, a eleição de um fascista em 2018, quem apoiou o golpe no presidente Evo morales, quem apoiou a invasão da Líbia, do Iraque etc.

O problema de não levar em conta a conjuntura política mundial na análise dos acontecimentos politicos, é que tendemos a analisar moralmente aquilo que só pode ser compreendido tecnicamente. O fetichismo das partes faz esconder a categoria essencial, já que a verdade das partes reside no conjunto que às contém. Nossa opinião não termina na ideia, ou seja, na expressão da opinião em si, mas em suas consequencias. Ter apoiado o “impeachment” da presidenta Dilma, não é só “ter apoiado “impeachment””, é ter apoiado também a eleição de um fascista, ter apoiado a “reforma trabalhista”, “o congelamento dos gastos públicos”, quer dizer, somos, inevitavelmente, responsáveis pelas consequencias de nossas vontades.

Todos que, de algum modo, apoiaram a invasão americana na Síria, em 2011, apoiaram também os chamados “rebeldes moderados” e, consequentemente, todas as mortes, violência e miséria que a farsa da chamada “guerra civil siria” trouxe à Síria. Do mesm modo que acreditaram em “Assad ditador”, acreditaram também em “o pt destruiu o Brasil”, “kit-gay” etc.

No vídeo, vemos os “rebeldes moderados” da UE, já derrotados, quase totalmente abandonados pelos EUA e por toda pequena burguesia, lutando entre si por território em muitas cidades ao norte da Síria! Esses jihadistas são o que o Ocidente queria para o futuro da Síria! Mais, estes são os seus manifestantes “pacíficos” de 2011 que muitos apoiaram, ao apoiar a invasão americana.

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