A ameaça de Israel na ONU e os recentes ataques contra o Líbano

Por Luã Reis

Em 2018, na ONU, o líder de Israel, Bejamim Netanyahu mostrou o porto de Beirute como um esconderijo de armas do Hezbollah. Imitando os patrões dos EUA, a doutrina militar sionista é baseada em ataques preventivos contra alvos diversos no Oriente Médio. Obviamente sem nenhum respaldo da ONU ou das leis internacionais.

Em 2012, por exemplo, Israel explodiu carros de cientistas iranianos, explodindo as famílias além dos próprios dos cientistas. Na época em defesa das execuções sionista, Caio Blinder e Diogo Mainardi, finos jornalistas democráticos da Gnews explicaram: “não é terrorismo, é assassinato”, “você precisa matar agora”.

Com a guerra contra a Síria, Israel incrementou os ataques preventivos: Líbano, Síria, Iraque e Irã, além da Palestina, foram vítimas de ataques sistemáticos dos israelenses na última década. Em curiosa coincidência o ISIS jamais foi atacado por Israel e por vezes a Força Aérea sionista ajudou em manobras do Estado Islâmico.

Tensão entre Israel e Hezbollah é alta, mas um conflito é improvável
Veículos blindados e artilharia pesada de Israel junto a fronteira do Líbano

Vale lembrar que Israel ocupa partes do território da Síria e do território do Líbano, respectivamente as Colinas de Golan e as Fazendas de Shebaa. Tal colonização contraria o Direito Internacional e mostra a natureza do regime de Tel-Aviv.

A lista de ataques militares israelenses no último ano é tão extensa que não é possível abordar tudo aqui. Cabe citar alguns fatos das últimas duas semanas:

no dia 23 e 24 de julho, caças de Israel intimidaram aviões civis de linhas aéreas sírias e iranianos, ferindo passageiros

dia 27 de julho, drone de espionagem israelense é derrubado espionando o Líbano

dia 31/07, o general Benny Gantz, Ministro da Defesa de Israel, que na prática divide o comando do governo com Netanyahu, instruiu as Forças Armadas de Israel a se preparar para a atacar a infra-estrutura do Líbano

– dia 01/08, diante da escalada da agressividade sionista, Presidente Michel Aoun declara que o Líbano está preparado para se defender dos ataques de Israel

– dia 02/08, Israel envia artilharia pesada, veículos blindados e mobiliza tropas junto à fronteira do Líbano

dia 04/08, HOJE, horas antes da explosão, Israel ameaça grupo libanês, dizendo que atacará na Síria e no Líbano caso considere necessário

Então também no dia 04/08 aquele local que Netanyahu mostrou no mapa na ONU explodiu. Deve ser mais uma feliz coincidência para Israel

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