Mais de 90 manifestantes mortos pelo exército em Mianmar

Via Actualidad

Os protestos coincidem com a celebração do Dia das Forças Armadas no país.

Uma contagem feita por um investigador independente baseado na antiga capital de Mianmar, Rangoon, no sábado, mostra que 93 manifestantes foram mortos, o que pode ser o dia mais violento desde que os protestos contra o golpe começaram, relata a AP.

Os números compilados pelo pesquisador, que pediu para não ser identificado por razões de segurança, são geralmente consistentes com informações da Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos, que documenta mortes e prisões e é considerada uma fonte confiável. A AP, por sua vez, não pôde confirmar independentemente o número de mortes.

De acordo com o site de notícias Myanmar Now, pelo menos 114 pessoas morreram no sábado. Com base nestes dois números, a AP concluiu que este dia poderia ser o mais cruel desde a chegada dos militares ao poder.

As mortes ocorreram no Dia das Forças Armadas de Mianmar, celebrado na capital do país, Naipyidó, com um enorme desfile. A oposição pediu uma manifestação maciça de protesto no sábado para mostrar seu descontentamento com a junta militar. Na véspera do evento, as autoridades advertiram os manifestantes sobre o perigo de serem baleados na cabeça.

As manifestações começaram em Myanmar no início de fevereiro, após os militares assumirem o controle do país e declararem estado de emergência e prenderem vários altos funcionários nacionais, incluindo a líder birmanesa e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

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