Kremlin responde à ameaça de Kiev de matar “russos em qualquer lugar do mundo”

Via Actualidad

O governo ucraniano “não apenas financia atividades terroristas, mas é o organizador direto de tais atos”, denunciou o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov.

O porta-voz presidencial russo Dmitri Peskov chamou de “monstruosas” as recentes declarações do chefe da inteligência militar ucraniana Kiril Budanov, que prometeu que as forças de Kiev “continuarão a matar russos” em qualquer lugar do mundo “até a vitória completa” de seu país.

“Esta declaração do Sr. Budanov é uma prova direta de que o regime de Kiev não apenas financia atividades terroristas, mas é o organizador direto de tais atos”, disse o porta-voz em entrevista coletiva.

Peskov afirmou que Moscou condena as declarações de Budanov, observando que os serviços especiais russos “farão tudo o que for necessário diante de tais declarações”. “Não deve haver dúvidas sobre isso para ninguém”, ele insistiu. Além disso, ele enfatizou que o comentário do chefe da inteligência militar ucraniana “demonstra mais uma vez o quão correta foi a decisão” de lançar a operação na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, o porta-voz russo argumentou que o Ocidente não deveria ignorar essa ameaça. “Hoje vamos acompanhar de perto a reação das capitais europeias e, principalmente, de Washington, porque é muito difícil imaginar que esse tipo de declaração terrorista de Kiev possa ficar sem resposta”, afirmou.

Cadeia de ataques

Após o início do conflito entre Kiev e Moscovo, registaram-se vários ataques em território russo, como a explosão na ponte da Crimeia em outubro de 2022, ataques contra alvos não militares nas províncias russas fronteiriças com a Ucrânia, bem como ataques perpetrados contra proeminentes figuras públicas russas, incluindo os assassinatos do correspondente de guerra Vladlen Tatarsky e da jornalista Darya Dugin, pelos quais Moscou culpa os serviços secretos ucranianos.

O último desses episódios ocorreu no último sábado perto da cidade de Nizhny Novgorod, onde explodiu o carro em que viajava o famoso escritor e ativista russo Zajar Prilepin. O ataque custou a vida do motorista do romancista, enquanto ele próprio ficou ferido. Nesta segunda-feira, o Comitê de Investigação da Rússia apresentou acusações de terrorismo contra Alexander Permiakov, suspeito de realizar o ataque.

Do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, eles denunciaram que a responsabilidade pelo ataque contra o Prilepin recai não apenas sobre a Ucrânia, mas também sobre seus “patrocinadores ocidentais”.

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