Ucranianos atacam usina hidrelétrica e provocam inundação na província de Kherson

A destruição das válvulas fez com que a água da barragem começasse a vazar de forma incontrolável, com as autoridades locais chamando os ataques de “terroristas”.

Os ataques noturnos perpetrados pelas forças ucranianas contra a central hidroelétrica de Kakhovka, na província russa de Kherson, destruíram as válvulas da barragem, noticiou esta manhã o presidente da câmara municipal de Novaya Kakhovka, Vladimir Leontiev, citado pela RIA Novosti.

A destruição das válvulas fez com que a água da barragem começasse a vazar de forma incontrolável, com Leontiev chamando os ataques de “grave ato de terrorismo”. A usina hidrelétrica de Kakhovka está localizada a cerca de 5 quilômetros de Nóvaya Kajovka.

Ataques ucranianos destruyen las válvulas de una central hidroeléctrica en la provincia de Jersón

En la red circulan imágenes no verificadas de la supuesta situación actual de la central hidroeléctrica de Kajovka. pic.twitter.com/9Pr4T1K2py
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Além disso, o bombardeio destruiu a parte superior da barragem, o que fez com que o nível da água a jusante subisse para 10 metros.

O prefeito de Nóvaya Kajovka indicou que os projéteis atingiram a estrutura onde estão localizadas as válvulas, mas destacou que a barragem não foi destruída. Da mesma forma, Vladimir Leóntiev denunciou que as forças ucranianas continuam bombardeando a cidade.

❗ Al parecer esta es la situación actual de la central hidroeléctrica de Kajovka pic.twitter.com/DHVKy1msZG
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O chefe do governo Kherson, Andrei Alekseenko, informou que 14 cidades localizadas às margens do rio Dnieper estão na zona de risco de inundação. Mais de 22.000 pessoas vivem nessas cidades.

No território do distrito urbano de Nóvaya Kakhovka, foi declarado estado de emergência devido às inundações causadas pela destruição do aterro.

A Administração local ordenou o envio de forças e meios para a proteção de habitações, infraestruturas rodoviárias e equipamentos de serviço social, bem como para trabalhos de reconstrução.

Por sua vez, o Ministério de Emergências da Rússia anunciou o envio de uma equipe de resgate aéreo à província de Kherson devido à destruição parcial da usina hidrelétrica.

O prefeito de Nóvaya Kajovka anunciou que a cidade está inundada após o ataque à barragem.

“O nível da água continua subindo, a situação por enquanto está piorando. Começamos a evacuar as pessoas de todas as casas inundadas”, disse o prefeito. “Segundo as previsões, dentro de 72 horas a água [do rio Dnieper] cairá para níveis normais”, acrescentou.

No território de Nóvaya Kakhovka, o fornecimento de eletricidade foi suspenso por motivos de segurança. Vladimir Leontiev salientou que a destruição parcial da central hidroeléctrica se deveu aos sucessivos ataques das forças ucranianas. Ao mesmo tempo, ele relatou que uma parte “significativa” da cidade está inundada.

Nuevo video presuntamente de la central hidroeléctrica de Kajovka, dañada por bombardeos de las fuerzas ucranianas pic.twitter.com/59EsXamq3X
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O responsável referiu ainda que a reparação da barragem é impossível, devendo esta ser totalmente reconstruída “após a vitória da Rússia”.

Por sua vez, as autoridades da província de Kherson estão percorrendo as áreas costeiras do rio Dnieper, que alimenta a usina hidrelétrica, e indicaram que os moradores de algumas cidades estão dispostos a evacuar, e ônibus já foram providenciados para o transporte de pessoas.

A extensão da destruição na hidrelétrica é “muito grave”, dizem as autoridades locais, que esperam que as áreas alagadas demorem de dois a três dias para voltar ao normal.

Do serviço de emergência da província de Kherson, eles condenaram o ataque “terrorista” contra a usina hidrelétrica, perpetrado pelo “regime criminoso de Kiev”. “Em consequência do bombardeamento, a estrutura da central hidroeléctrica ficou parcialmente destruída, o que posteriormente levou à destruição de três das comportas [da barragem] devido à pressão das águas”, detalharam. Eles também consideram que as forças ucranianas teriam usado o sistema lançador de foguetes múltiplos Alder MLRS (RS-2) para o ataque.