A RESPOSTA CHINESA À AMEAÇA IMPERIALISTA AMERICANA CONTRA A AMÉRICA LATINA

Luã Reis – Não bastasse a sequência de humilhações, xingamentos e bravatas contra os latino-americanos vindas do presidente americano Donald Trump, outro representante do governo, o secretário de Estado, Rex Tillerson iniciou uma série de ameaças contra a América Latina. Antes de visitar a região – no qual o Brasil do lacaio Temer ficou de fora, em mais uma demonstração do desprestígio internacional da junta golpista – o secretário afirmou que “na história da Venezuela, como na história de outros países da América Latina, muitas vezes são os militares que lidam com isso”.

O governo americano tenta com essa declaração atrair militares para serem traidores cometeram crimes de lesa-pátria, estimulando um crime que seria punido com a pena de morte nos próprios Estados Unidos. Apenas o governo venezuelano, perseguido por Washington, respondeu ao ataque do secretário, que convém lembrar é um ex-executivo da Exxon. Na prática, Tillerson age e trabalha como um funcionário das multinacionais americanas do petróleo.

Coube a China rechaçar as declarações agressivas, francamente imperialistas do secretário americano, chamando de “desrespeitosas”. O governo americano, em uma demonstração poucas vezes vista de cinismo, acusou os chineses de querem dominar a região. Isso vindo do país que entrou em guerra contra dezenas de países do continente e patrocinar sanguinários regimes. A resposta de Pequim foi contundente “Em vez de perder tempo criticando a China, talvez fosse uma boa ideia para Washington baixar o tom hostil de sua retórica, que provocou a ira na América Latina com propostas como endurecer a imigração, construir um muro e tentar influenciar os tratados comerciais em seu favor.” 
Existe na imprensa, em consonância com os EUA, certa especulação sobre o “imperialismo chinês no terceiro mundo.” Tal falácia é notável nessas declarações: os americanos não aceitam a soberania das nações da América Latina; os chineses não aceitam a intervenção americana.

Em tempos de desmonte de políticas públicas, em uma nova onda neoliberal, Temeres, Macris e Peña Netos não defenderão a própria soberania. Optam pela “subordinação estratégica a Washington” ainda que os EUA ataquem os povos por todos os lados. Não se trata, portanto, de uma disputa entre imperialismos. A escolha é entre se submeter ao imperialismo americano ou a soberania chinesa.

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