NINGUÉM ESTÁ À SALVO DO NAZI-FASCISMO

Por Álvaro Mattos

Ettore Ovazza, filho de Ernesto Ovazza, judeu, tinha participado na Primeira Guerra Mundial como tenente de artilharia. Proprietário de um banco em Turim, decide se juntar aos Camisas Negras após a marcha sobre Roma, para combater o socialismo que ameaçava a ordem estabelecida (e seus negócios).

Membro do Partido Nacional Fascista, colabora no jornal La Nostra Bandiera (“A Nossa Bandeira”), no qual se afirmava o apoio dos judeus ao novo regime (na época, 1/3 dos judeus pertencia ao Partido Fascista).

Apesar das Leggi razziali de 1938, continua como membro do Partido Fascista, mas após o início da Segunda Guerra Mundial que concluiu – em detrimento de Mussolini – o Eixo Roma-Berlim, Ettore Ovazza é obrigado a demitir-se do partido e a se desfazer de seu banco.

Em Outubro de 1943 decide fugir da Itália, mas é preso com a sua mulher Nella, o seu filho Riccardo (nascido em 1923) e a sua filha Elena (nascida em 1928) em Gressoney (Vale de Aosta) pela Gestapo. Detidos na prisão de Domodossola, são assassinados dois dias depois nos subterrâneos de uma escola de Stresa.

Na foto, Ettorre e Mussoline.

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