A saída de Teich e a radicalização bolsonarista

Nelson Teich, então ministro da saúde, pediu exoneração do cargo através de nota na manhã desta sexta-feira (25/05). Ele completaria um mês de mandato no próximo dia 17. As divergências do ‘comandante’ do Executivo com o Ministério da Saúde começaram já na gestão anterior, quando Luís Henrique Mandetta assumia o cargo.

Obcecado em negar todo consenso científico e desqualificar qualquer procedimento legal, Bolsonaro fez do isolamento vertical, defesa da cloroquina e retomada do trabalho, as razões de ser do seu governo nas últimas semanas. Bolsonaro se faz crer messias, esbravejando frente ao seu séquito e despachando exigências: Mandetta, Moro, Polícia Federal e agora Teich.

Enquanto o Brasil ultrapassa os 14 mil mortos por Covid, apoiadores do presidente promovem carreatas e até montam acampamento paramilitar para retomar o país numa contrarrevolução. Inflamados contra a esquerda – que identificam com qualquer instituição do Estado de Direito – estão prontos a sacrificar a própria saúde e a vida de tantos outros brasileiros por uma fabulosa retomada econômica.

A História não anda em linhas retas, mas a violência raramente se resume às palavras.

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